Vladimir Zelensky disse nesta sexta-feira (10) em uma coletiva de imprensa com Sanne Marin, primeira-ministra da Finlândia, em Kiev, que alguns Estados-membros da União Europeia e da OTAN não estavam levando a sério o apoio à Ucrânia em meio à operação especial da Rússia.
"Por um lado, eles apoiam a Ucrânia, nossa soberania, até mesmo transferem algo. Assim, eles nos ajudaram condicionalmente, de forma simbólica", disse.
"E, por outro lado, contornam as sanções, onde ganham dezenas de bilhões de dólares e têm um volume de negócios comercial maior com a Rússia em comparação com o período anterior à guerra. Isto se aplica a muitos países, mesmo aqueles que são membros da União Europeia ou da OTAN", contrapôs o presidente ucraniano.
Em fevereiro a Comissão Europeia criticou a Polônia por seguir comprando petróleo da Rússia através do oleoduto Druzhba. Em janeiro também foi relatado que a Espanha aumentou as importações de gás russo em 45% durante 2022.
No final de fevereiro de 2022 o Ocidente escalou as sanções contra a Rússia por causa da operação especial da Rússia na Ucrânia, o que levou a um aumento dos preços da eletricidade, dos combustíveis e dos alimentos na Europa e nos EUA.
O presidente russo Vladimir Putin, disse que a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, e que as sanções infligiram um sério golpe a toda a economia global. Segundo ele, o principal objetivo do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas. A Rússia declarou repetidamente que vai resolver todos os problemas que o Ocidente coloca ao país.