Nesta semana, mas especificamente no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o deputado Nikolas Ferreira (PL) fez um discurso com fala transfóbica utilizando uma peruca. A ação gerou uma onda de protestos e indignação, além de pedidos de cassação e uma repreensão pública do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).
O presidente da Casa destacou que o plenário "não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos" e pontuou que não vai admitir "desrespeito contra ninguém", segundo o jornal O Globo.
Entretanto, o líder do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, saiu em defesa do deputado e até iniciou sua primeira conta no Twitter para defender o parlamentar, dizendo que "que o deputado Nikolas tem nosso apoio e da Direção Nacional do PL".
A correligionários de seu partido, o cacique do PL sinalizou muita irritação com a reprimenda que Lira fez publicamente, relata a mídia. Mas, a portas fechadas, Valdemar admitiu que o deputado bolsonarista poderia ter sido alvo da bronca pública, mas defendeu que Lira criticasse aqueles que defenderam sua cassação.
Valdemar ainda lembrou que o PL ajudou na eleição de Lira para a presidência da Câmara. Em seguida, segundo o jornal, Valdemar recebeu o recado de que a reprimenda teria sido articulada entre Lira e parlamentares do centrão para esvaziar movimentos pela cassação de Nikolas.
O que ficou também nítido na história é que, ao que parece, o "menino dos olhos" de Valdemar Costa deixou de ser o ex-presidente, Jair Bolsonaro, para ser Nikolas.
Oito dias depois do caso das joias das árabes ter virado o tema mais reluzente do país tanto nas redes sociais quanto na imprensa nem Valdemar, nem o PL, se pronunciou em nenhum momento sobre o caso ou saíram em defesa de Bolsonaro.
Ao que tudo indica, da família Bolsonaro, o suporte está sendo dado mesmo é a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que no mês passado inaugurou um gabinete de luxo no partido.
Já Bolsonaro, além de não voltar dos Estados Unidos, parece estar sendo mais colocado de escanteio, e também está correndo o perigo de ser preso caso não volte dos EUA, conforme noticiado neste sábado (11) pelo UOL.