Começaram a surgir brechas nas relações entre a Ucrânia e os EUA no que se refere ao conflito russo-ucraniano e aos planos de acabar com ele, informou no domingo (12) o jornal norte-americano Politico, citando autoridades.
Embora Joe Biden, presidente dos EUA, tenha feito em 20 de fevereiro uma visita surpresa a Kiev, em uma demonstração de unidade e solidariedade com a Ucrânia, "novos pontos de tensão" estão surgindo, disse a mídia.
O artigo indica que numerosos funcionários da Casa Branca estão preocupados com o fato de Kiev estar usando demasiados militares e munições na defesa de Artyomovsk (Bakhmut, em inglês), uma cidade que tem "mais um valor simbólico do que um valor estratégico e operacional", como avaliou Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA.
Também haveria receios de que as pesadas perdas da Ucrânia em Artyomovsk possam enfraquecer a capacidade de seu Exército de lançar uma planejada contraofensiva nas próximas semanas.
O Politico refere o recente artigo do New York Times, citando a inteligência dos EUA, sobre o envolvimento de um "grupo pró-ucraniano" nas explosões dos gasodutos Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2). Isso teria levado a administração Biden a sinalizar a Kiev que "certos atos de violência" fora das fronteiras da Ucrânia não seriam tolerados.
Outro ponto de fricção entre Washington e Kiev é a insistência da Ucrânia em retomar a Crimeia, algo que o Pentágono vê como irrealista dada a posição reforçada da Rússia na península, apontou o Politico.