A continuação da aderência de Moscou ao acordo de grãos será determinada dependendo do progresso real na normalização das exportações agrícolas da Rússia, disse nesta segunda-feira (13) Sergei Vershinin, vice-ministro das Relações Exteriores russo.
O diplomata teve conversações em Genebra, Suíça, com Martin Griffiths, vice-secretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e coordenador de Ajuda de Emergência, e com Rebeca Grynspan, secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, sobre a situação do acordo de grãos, elogiando as discussões como sendo francas.
O vice-chanceler expressou a posição da Rússia sobre o acordo.
"A conversa detalhada e franca que teve lugar confirmou mais uma vez que, enquanto a exportação comercial de produtos ucranianos está prosseguindo a um ritmo constante, gerando lucros consideráveis para Kiev, as barreiras ainda permanecem no caminho dos exportadores agrícolas russos", comentou Vershinin aos jornalistas.
"Nossa posição futura será determinada dependendo do progresso real, não em palavras, mas em ações, na normalização de nossas exportações agrícolas, incluindo pagamentos bancários, logística de transporte, seguros, descongelamento de atividades financeiras e fornecimento de amônia através do duto Tolyatti-Odessa", apontou ele em um briefing em Genebra, Suíça.
As isenções de sanções anunciadas por Washington, Bruxelas e Londres para alimentos e fertilizantes não estão realmente funcionando, avaliou Vershinin.
O alto responsável russo assegurou que Moscou não está contra um novo prorrogamento do atual acordo de grãos além de sábado (18), mas que tal seria "só por 60 dias".