"Eu preciso de encomendas. Sem elas, não vou produzir nada. Qualquer falta de munição não é culpa da indústria de defesa. A indústria pode fornecer o que é necessário", disse Papperger.
Segundo ele, o lento acordo sobre encomendas significa que a empresa vai operar a dois terços da sua capacidade real em termos de produção de projéteis em 2023.
Anteriormente, o Financial Times escreveu, citando o ministro da Defesa ucraniano Aleksei Reznikov, que a Ucrânia instou a União Europeia (UE) a enviar 250 mil projéteis de artilharia por mês. Ao mesmo tempo, segundo Papperger, "tal volume seria difícil de produzir".
"A capacidade [de produção] na Europa deveria ser dobrada para atingir essa velocidade", disse ele.
Papperger também afirmou que há necessidade de apoio governamental.
"Este é um projeto de segurança nacional. Não podemos financiá-lo por conta própria. Precisamos do apoio do governo", afirmou ele.
Por sua vez, a Rússia já remeteu uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.
Por sua vez, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.