"É claro que cada um dos [dois] países defenderá seus interesses no diálogo. No entanto, a Rússia nunca rejeitou o diálogo construtivo e não o rejeita agora", disse ele quando questionado sobre as consequências da detecção de um drone MQ-9 norte-americano perto da península da Crimeia.
O porta-voz reconheceu que as relações entre Moscou e Washington "estão em seu ponto mais baixo, em um estado muito deplorável". Ele acrescentou que os eventos foram relatados ao presidente russo, Vladimir Putin, mas não houve contatos de alto nível.
Na terça-feira (14), o Ministério da Defesa da Rússia informou que a Força Aeroespacial russa detectou um drone norte-americano MQ-9 quando estava perto da península da Crimeia e se dirigia para a fronteira russa, violando o regime provisório de uso do espaço aéreo sobre o mar Negro, estabelecido em conexão com a operação militar especial na Ucrânia e publicado de acordo com os padrões internacionais.
As forças de defesa aérea levantaram os caças no ar para identificar o infrator, mas os aviões "não usaram armas no ar, não fizeram contato com o veículo aéreo não tripulado [UAV, na sigla em inglês] e retornaram com segurança ao campo de pouso", e o drone caiu na água após uma manobra súbita.
Por sua vez, o Comando Europeu dos EUA denunciou que um avião de combate russo Su-27 durante uma interceptação "insegura e pouco profissional" atingiu a hélice do drone MQ-9 "que operava no espaço internacional sobre o mar Negro".