Como Hersh observou, a situação na Ucrânia pode ganhar uma face vietnamita para os EUA, porque, apesar do fornecimento de armas, as tropas do regime de Kiev podem não resistir.
"Não sei o que será, se a situação for ruim para a Ucrânia. Me disseram que o jogo vai ser assim: 'é a OTAN, apoiamos a OTAN em operações ofensivas contra os russos', que não vai enganar o mundo, não vai nos enganar, espero [...] estamos lutando contra a Rússia. E por que queremos fazer isso?", perguntou o jornalista investigativo.
O jornalista americano também relembrou a batalha de Stalingrado, quando o Exército soviético conseguiu virar a maré, o que afetou todo o curso da Segunda Guerra Mundial.
"Nós realmente queremos mexer com esses caras [russos]? Não me parece", disse ele.
Na semana passada, o autor da investigação sobre o envolvimento de Washington nas explosões nos gasodutos afirmou que o governo do presidente Joe Biden na política externa é movido pelo ódio ao homólogo Vladimir Putin e ao comunismo.
Por sua vez, o presidente russo Putin, em 26 de fevereiro, declarou que as entregas de armamento à Ucrânia fazem dos países da Aliança Atlântica uma parte do conflito e parceiros nos crimes do regime de Kiev.
No início de fevereiro, Hersh publicou uma investigação sobre as explosões do Nord Stream.
De acordo com sua versão, no verão europeu, durante o exercício BALTOPS 2022 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), mergulhadores norte-americanos plantaram explosivos sob os gasodutos russos e três meses depois os noruegueses os detonaram.