Segundo o artigo, um navio alemão de reconhecimento e inteligência de sinais eletrônicos da classe Oste deixou o porto de Kiel, no mar Báltico, em 7 de setembro e permaneceu em um raio de 13 milhas do local da explosão até 14 de setembro.
O porta-voz do Comando de Operações Especiais da Marinha alemã disse à mídia que o navio, que é capaz de reunir informações diversas, estava em uma "missão de rotina", mas que os dados coletados não permitiam que os militares identificassem os autores do ataque.
A emissora informou que um iate à vela Andromeda também estava presente na área por volta da hora da explosão. O Ministério Público Federal suspeita que o iate transportava explosivos, cujos vestígios foram encontrados na embarcação durante uma busca policial em janeiro.
O que já se sabe sobre as explosões nos gasodutos
Recentemente, o New York Times noticiou, com base em dados de inteligência, que um grupo pró-ucraniano teria estado por trás da sabotagem dos gasodutos Nord Stream.
O jornal alemão Die Zeit escreveu que os vestígios do ataque aos gasodutos apontam na direção da Ucrânia.
O Ministério Público Federal alemão confirmou à Sputnik que foram realizadas buscas em um navio alegadamente carregado com materiais para explodir o Nord Stream.
No entanto, o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov chamou as publicações que apontam para o envolvimento da Ucrânia de "operação coordenada de desinformação".
Ele expressou perplexidade quanto à capacidade das autoridades norte-americanas, mencionadas nas publicações, de fazerem suposições sobre ataques terroristas ao Nord Stream sem antes haver uma investigação.
Os ataques ocorreram simultaneamente em 26 de setembro de 2022 nos dois gasodutos russo-alemães que transportavam gás natural russo para a Europa – o Nord Stream 1 e Nord Stream 2.
A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia não descartam que tenha sido um ato de sabotagem.
A operadora dos gasodutos, a Nord Stream AG, informou que a situação de emergência nos gasodutos foi inédita e que o tempo de reparos não poderia ser avaliado.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a explosão dos gasodutos foi um óbvio ato de terrorismo.
O Pentágono tem negado qualquer envolvimento dos EUA.