De acordo com o Fed, o volume de empréstimos sob o programa regular de liquidez para a semana encerrada em 15 de março subiu para US$ 152,82 bilhões (R$ 802,55 bilhões), que é um recorde. Para comparação, na semana anterior esse número era de US$ 4,58 bilhões (R$ 24,08 bilhões).
O recorde anterior de empréstimos sob este programa – US$ 111 bilhões (R$ 583,54 bilhões) – foi registrado durante a crise financeira de 2008.
"A situação é difícil é difícil de prever devido à ação do regulador no início de março. De acordo com a Reserva Federal dos EUA, a assistência financeira será fornecida na medida do necessário para o bom funcionamento do sistema bancário. Mas tal abordagem para resgatar 'a qualquer custo' pode ter adversários suficientes em várias autoridades dos EUA", disse o especialista.
"Além disso, em caso de novos choques, as reações a outros segmentos do mercado financeiro podem sair do controle. Portanto, vários cenários são possíveis", enfatizou Uklein.
Também é relatado que os bancos arrecadaram US$ 11,9 bilhões (R$ 62,56 bilhões) como parte do Programa de Financiamento a Prazo do Banco (BTFP, na sigla inglês), lançado pelo Fed no último fim de semana após o colapso do Silicon Valley Bank (SVB, na sigla em inglês).
Os grandes volumes de demanda por empréstimos do Fed mostram que a tensão no sistema bancário persiste devido à saída de fundos dos depósitos de algumas das instituições, observa a agência Bloomberg.
Em 10 de março os reguladores estaduais da Califórnia fecharam o Silicon Valley Bank (SVB). Esta foi a maior quebra de um banco desde a crise financeira de 2008. A falência está associada a um aumento da taxa diretora do Federal Reserve (Fed), o que levou a uma desvalorização de ativos nos balanços de muitas instituições financeiras.
De acordo com Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC, na sigla inglês), as perdas acumuladas dos bancos no ano passado totalizaram US$ 620 bilhões (R$ 3,23 trilhões).