A Austrália planeja comprar até 200 unidades da última versão do míssil de longo alcance Tomahawk dos EUA, segundo um acordo do Departamento de Estado anunciado na quinta-feira (16) pela Agência de Cooperação de Segurança e Defesa (DSCA, na sigla em inglês) norte-americana.
Canberra disse que os mísseis, avaliados em US$ 985 milhões (R$ 5,2 bilhões), seriam colocados nos seus destróieres da classe Hobart, permitindo que atinjam alvos terrestres a distâncias maiores e com melhor precisão. Serão adquiridas 200 unidades do Bloco V e 20 do Bloco IV, sendo que as primeiras podem mudar os alvos em pleno voo e os atingir em pleno movimento no mar.
"O alcance de mais de 1.000 milhas [1.600 km] do Tomahawk é especialmente importante na região da Ásia-Pacífico, onde a força de foguetes da China tem um alcance extraordinário, pois seus mísseis DF-26 e DF-21 têm alcance de 2.490 [4.000 km] e 1.335 [2.150 km] milhas respectivamente, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais", indica o portal Defense News.
Segundo o Departamento de Estado, a venda "melhorará a capacidade da Austrália de interoperar com as forças marítimas americanas e outras forças aliadas, bem como sua capacidade de contribuir para missões de interesse mútuo".
"Ao implantar o sistema de armas Tomahawk, a Austrália contribuirá para a prontidão global e aumentará a capacidade das Forças dos EUA operando ao seu lado globalmente. A Austrália usará a capacidade aprimorada como um dissuasor para as ameaças regionais e para fortalecer sua defesa do país", assegurou.
No final de fevereiro o governo do Japão anunciou que estava considerando a compra de 400 mísseis Tomahawk por até US$ 1,6 bilhão (R$ 8,45 bilhões).