Na quarta-feira (15) a presidente de Honduras, Xiomara Castro, anunciou em seu Twitter que o governo hondurenho buscará estabelecer relações diplomáticas com a China, o que, automaticamente implica em romper relações com Taiwan, conforme noticiado.
Após o anuncio, os Estados Unidos estão tentando desencorajar Honduras de seguir seu plano de mudar a lealdade diplomática de Taipé para Pequim, disseram fontes próximas ao assunto citadas pela Reuters.
Autoridades dos EUA e de Taiwan dizem que, embora o anúncio não tenha sido surpreendente, dada a posição de campanha de Castro, o tweet e seu momento os pegaram desprevenidos.
Diante do cenário, antigos e atuais funcionários norte-americanos foram rápidos em argumentar que muitos países que fizeram a mudança não colheram os benefícios econômicos que esperavam.
"Os países devem saber que 'não é dinheiro para nada e garotas de graça'", disse o diplomata John Feeley que já foi embaixador dos EUA no Panamá, reiterando um ponto de vista que Washington continuou a fazer de que a "China promete demais e cumpre de menos".
Do lado chinês, a afirmação é contestada, e o Ministério das Relações Exteriores do país disse na quinta-feira (16) que ex-aliados de Taiwan, como Panamá, República Dominicana e El Salvador, viram "desenvolvimento rápido" nas relações bilaterais, trazendo-lhes "benefícios tangíveis".