O Departamento de Estado dos EUA aprovou na sexta-feira (17) a venda de até 76 veículos de assalto anfíbios (AAV, na sigla em inglês) à Grécia no valor de US$ 268 milhões (R$ 1,41 bilhão), cerca de um ano após o Corpo de Fuzileiros Navais ter proibido sua utilização regular após um incidente há dois anos e meio.
Após um naufrágio em 30 de julho de 2020, que matou nove militares dos EUA, o Corpo de Fuzileiros Navais em dezembro de 2021 restringiu sua frota de AAV, existente há décadas, apenas permitindo operações navais em emergências. O Corpo de Fuzileiros Navais concluiu que as causas da tragédia, um dos maiores acidentes de treinamento de fuzileiros navais em décadas, foram o treinamento inadequado, a manutenção mal feita e o mau juízo dos comandantes.
Entre o equipamento solicitado pela Grécia desde pelo menos 2022 estão 63 unidades da variante das lanchas para transporte de pessoal, nove da variante de comando e quatro da variante de recuperação, com 63 metralhadoras de calibre 50, lançadores de granadas MK-19, e também miras térmicas M36E T1.
Segundo a Agência de Cooperação de Segurança e Defesa (DSCA, na sigla em inglês), que faz parte do Departamento de Defesa dos EUA, a venda à Grécia proporcionará "uma capacidade eficaz para proteger os interesses e a infraestrutura marítima em apoio à sua localização estratégica no flanco sul da OTAN".
Um porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais garantiu em declarações de sexta-feira (17) ao Defense News que, apesar da idade média da frota americana ser de 40 anos, os veículos passaram por "um Programa de Extensão de Vida Útil (SLEP) um Programa de Manutenção de Fiabilidade/Reconstrução de Acordo com o Padrão (RAM/RS) e ciclos programados de manutenção" ao longo das décadas.
O major e porta-voz norte-americano Jim Stenger também assegurou que o veículo é "seguro, sendo uma plataforma viável para operações anfíbias".