Panorama internacional

Índia adverte sobre situação 'perigosa' com China no Himalaia e insta Pequim a cumprir acordos

Nova Deli e Pequim têm um conflito de longa data nas montanhas fronteiriças, onde, apesar de negociações que se seguiram após a morte de dezenas de militares em 2020, as tensões continuam.
Sputnik
A situação entre a Índia e a China na fronteira da região de Himalaia é frágil e perigosa, devido ao posicionamento das tropas dos dois países, avisou no sábado (18) Subrahmanyam Jaishankar, ministro da Defesa indiano.
Em meados de 2020 incidentes militares entre os dois gigantes asiáticos provocaram dezenas de mortes, antes de uma série de iniciativas diplomáticas e militares acalmarem a situação. No entanto, em dezembro de 2022 houve um novo incidente na parte oriental da fronteira não demarcada dos dois países.
Jaishankar ainda vê uma situação frágil.
"[...] Há lugares onde nossos destacamentos são muito próximos e em avaliação militar, portanto bastante perigosos", disse Jaishankar em uma entrevista à emissora indiana India Today.
A seu ver, a China não está cumprindo as condições bilaterais acordadas.
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"Deixamos muito claro para os chineses que não podemos ter uma quebra de paz e tranquilidade, você não pode violar acordo e querer que o resto da relação continue como se nada tivesse acontecido. Isso simplesmente não é sustentável", apontou.
Jaishankar disse que discutiu a situação com Qin Gang, o novo ministro das Relações Exteriores da China, à margem de uma reunião dos chanceleres dos Estados-membros do G20, cuja cúpula será sediada pela Índia neste mês.
Os dois países asiáticos têm contestado as áreas fronteiriças no Himalaia desde que a República da Índia e a República Popular da China se formaram na década de 1940, com vários confrontos ocorrendo ao longo das décadas, incluindo uma guerra em 1961, apesar da criação da Linha de Controle Real após esse conflito.
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