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Em evento, Mercadante diz que Haddad 'pode esperar lealdade', mas que não 'tente inibir o BNDES'

Fala do presidente do BNDES ocorreu durante um seminário na sede do banco que tratará de temas como política fiscal e monetária. Segundo mídia, evento seria uma eventual tentativa de Mercadante de interferir nestes assuntos e isso teria gerado tensão entre ele e Haddad.
Sputnik
Nesta segunda-feira (20), ao abrir o seminário Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que não adianta tentar coibir o BNDES, ao mencionar as iniciativas do banco de discussões de políticas econômicas.

"Não adianta tentar inibir o BNDES porque não vão conseguir. Podem exigir pluralismo, que todas as correntes se expressem. Roberto Campos e Celso Furtado conviveram nessa casa", afirmou Mercadante segundo o Valor Econômico.

O ex-ministro da Casa Civil também disse que um "ciclo intenso de discussão" acontecerá na instituição financeira visto que o BNDES "não substitui nenhum ministério", mas está ativo para que "a gente não cometa erros que já fizemos ou que outros países cometeram".
"Temos uma longa história de formulação de políticas públicas, de abrir horizontes, de trazer reflexões. O BNDES vai ser centro de reformulações, o BNDES vai pensar antes de fazer."
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Segundo a mídia, houve rumores de que a realização do seminário seria uma eventual tentativa de Mercadante de interferir em política fiscal. E isso teria gerado conflito com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
"O ministro Haddad pode esperar de mim e do banco total lealdade e parceria, ao contrário das especulações, mas não nos peçam para deixar de dizer o que nós pensamos", disse Mercadante próximo de concluir sua fala, relata a mídia.
Haddad participará do evento amanhã (21) e, nesta segunda-feira (20), na plateia, economistas de viés diferente do predominante no governo, como Pedro Malan e Eduardo Giannetti, prestigiam o seminário, assim como os ex-ministros Raul Jungmann, da Defesa, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente.
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