"Os Estados Unidos continuam usando grupos islâmicos sob seu controle na Síria para minar as posições do governo legítimo daquele país liderado por Bashar al-Assad", disse Sergei Naryshkin, diretor do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia.
De acordo com ele, é notado que Washington atribuiu um papel especial ao chamado Exército Livre da Síria, que se acredita ser um conglomerado de unidades da oposição armada curda e árabe que operam na região central e nordeste do país.
Naryshkin ainda disse que os americanos e seus aliados britânicos estão trabalhando com as formações clandestinas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em muitos outros países) que ainda permanecem em partes remotas do país.
Um papel-chave nesses planos será desempenhado pela base norte-americana de Al-Tanf, que já é usada como centro de coordenação e planejamento das operações de radicais islamistas e para fornecer armas ao Daesh, incluindo picapes, metralhadoras pesadas e mísseis antitanque TOW e NLAW.
Moscou considera "a estreita colaboração dos EUA com os terroristas islâmicos uma manifestação do terrorismo de Estado", concluiu o comunicado.
A base militar americana Al-Tanf está situada no sul da província síria de Homs, perto da fronteira com o Iraque e a Jordânia. Desde 2014, os EUA e seus aliados têm conduzido a Operação Resolução Inabalável contra Daesh na Síria e no Iraque.
Enquanto no Iraque prestam assistência a pedido das autoridades do país, na Síria operam sem a permissão de Damasco.