Rosciszewski disse que não era a OTAN, nem a Polônia que estavam aumentando as tensões internacionais, mas a Rússia. De acordo com o diplomata, a situação agora é "ou a Ucrânia defenderá com sucesso sua independência, ou seremos forçados em qualquer caso, a participar deste conflito".
"Caso contrário, os nossos valores fundamentais, que são a base de nossa civilização e nossa cultura estarão em perigo fundamental, então não teremos escolha", afirmou Rosciszewski. A declaração belicista prontamente apareceu nas manchetes da mídia internacional, levando a missão diplomática polonesa na França a elaborar mais sobre as observações feitas pelo embaixador.
De acordo com uma mensagem divulgada pela embaixada no domingo (19), os comentários de Rosciszewski não foram na realidade uma admissão de que Varsóvia estava pronta para entrar em guerra com a Rússia, mas apenas um "aviso" e uma promessa de continuar apoiando Kiev.
Anteriormente, o presidente polonês Andrzej Duda disse que a Ucrânia receberá os primeiros quatro caças MiG-29 de Varsóvia nos próximos dias. Além disso, na sexta-feira (17), o governo eslovaco aprovou a transferência de caças MiG-29 para a Ucrânia.
De acordo com o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov, este é mais um exemplo de como vários Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), incluindo a Polônia, estão aumentando seu envolvimento direto no conflito.