O relatório "O Estado da Democracia nos Estados Unidos" publicado no site do Ministério das Relações Exteriores da China diz que os EUA, se apresentando como o modelo da democracia, violaram grosseiramente os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e as normas básicas das relações internacionais criando guerras e discordâncias por todo o mundo.
"Os EUA se recusam a reconhecer os muitos problemas e crises institucionais que confrontam sua democracia em casa e reivindicam teimosamente que a democracia americana continua sendo o modelo e o farol da democracia para o mundo. Tal arrogância perpetua os males de sua democracia e causa consequências desastrosas para outros países", afirma o documento.
Segundo ele, apesar de vários problemas em seu próprio sistema político, os EUA "continuam a se comportar com um senso de superioridade, apontam o dedo para os outros, usurpam o papel de 'conferencista da democracia', e inventam e interpretam a falsa narrativa de 'democracia versus autoritarismo'".
"Os EUA colocam sua lei interna acima da lei internacional e adotam uma abordagem seletiva das regras internacionais, aplicando e descartando as regras da maneira que consideram adequada", salienta o Ministério das Relações Exteriores chinês.
O relatório enfatiza que, desde os anos 80, os EUA se retiraram de 17 importantes organizações ou acordos internacionais, inclusive do Conselho de Direitos Humanos da ONU, OMS, UNESCO, do Acordo Climático de Paris, do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário e muitos outros.
A Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã, a guerra no Afeganistão e a guerra no Iraque, que causaram sérias baixas civis e danos materiais, assim como enormes desastres humanitários, também são mencionados no documento.
"Nos mais de 240 anos desde a fundação, os EUA não travaram guerras em apenas 16 anos, os EUA podem ser firmemente chamados de o país mais beligerante da história mundial."
O relatório diz que, desde 2001, as guerras e operações militares lançadas por Washington em nome do contraterrorismo mataram mais de 900 mil pessoas, feriram milhões e forçaram dezenas de milhões a fugir de suas casas.