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Alta dos juros causa paralização das principais montadoras no Brasil, funcionários estão de férias

As montadoras, que já tinham sofrido os efeitos da crise de abastecimento em função das políticas de combate à pandemia de COVID-19, agora sofrem com uma redução na demanda graças ao impacto da taxa de juros e crédito mais caro.
Sputnik
De acordo com o G1, Volkswagen, GM, Stellantis e Hyundai precisaram parar a produção e colocaram funcionários em férias coletivas em função da alta dos juros.
Desde 2021 o Banco Central (BC) tem promovido aumentos regulares na taxa básica de juros, a Selic, para impedir o descontrole da inflação, no entanto, o aumento da taxa tem reduzido o consumo já que o crédito acaba ficando mais caro, impactando diretamente a compra de automóveis.
Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que janeiro de 2023 houve queda de 34% nos emplacamentos de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus em comparação com o ano anterior — ainda que o número seja 12% maior que o observado em janeiro de 2022.
Em fevereiro, o setor registrou uma queda de 9% em relação a janeiro. Se comparado ao mesmo mês de 2022, o acumulado também apresentou recuo de quase 2%. Considerando apenas automóveis, houve redução de 7% e 4,2%, respectivamente.
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Segundo especialistas ouvidos pelo portal de notícias a dificuldade de acesso ao crédito tem sido o fator determinante para a crise no setor, que só deve ser amenizado quando a população recuperar o poder de compra restabelecendo o nível de renda ou através de políticas de acesso ao crédito facilitado.
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão sobre os juros do país. A expectativa do mercado financeiro é de manutenção do atual patamar, de 13,75% ao ano apesar das críticas do governo, em especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann.
A reunião do Copom na próxima quarta-feira (22) vai trazer detalhes sobre o que esperar o crédito no país, mas a expectativa é que o custo dos financiamentos continue elevado promovendo a retração do mercado automotivo por mais tempo.
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