"Washington, as capitais europeias, mas antes de tudo Washington, estão muito determinados a não permitir, sob nenhum pretexto, a entrada em negociações de paz. Eles simplesmente não permitem que Kiev sequer pense [sobre isso]", disse o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov.
Foi assim que ele comentou a declaração feita pelo representante da Casa Branca, na véspera da visita do presidente chinês Xi Jinping a Moscou, que eles consideravam inaceitável que algum apelo à paz na Ucrânia fosse feito após a cúpula russo-chinesa.
Como observou Peskov, "agora que as máscaras foram descartadas, [os países ocidentais] estão mostrando seus dentes de fera". "Exceto nós e a China", concluiu ele.
Recentemente, um dos artigos publicados pela mídia chinesa Global Times aponta que os EUA estão usando a Ucrânia como um peão para enfraquecer a Rússia e controlar a Europa.
Por sua vez, Washington se opõe a um cessar-fogo imediato na Ucrânia e não apoia o plano da China para uma solução política do conflito, disse John Kirby, coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, segundo uma publicação no jornal The Wall Street Journal (WSJ).
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse que só as entregas de armas podem trazer uma paz duradoura e sustentável para a Ucrânia.
Dmitry Peskov notou que o abastecimento à Ucrânia de armas do Ocidente não contribui para o sucesso das negociações russo-ucranianas e vai ter um efeito negativo.