"Junto com a provisão de um esquadrão de tanques de batalha Challenger 2 para a Ucrânia, forneceremos munições, incluindo cartuchos de blindagem que contêm urânio empobrecido", disse a vice-ministra da Defesa britânica, Annabel Goldie, em uma declaração postada no site do Parlamento britânico.
O especialista militar Konstantin Sivkov disse à Sputnik que o uso de munições com urânio empobrecido na zona da operação militar especial ameaça a saúde dos civis por contaminarem a área de uso e causarem surtos de câncer.
O urânio empobrecido é usado em projéteis subcalibre com blindagem devido a alta densidade e danos significativos à barreira depois de perfurar a blindagem.
Ele foi usado pela primeira vez em projéteis de tanques na Alemanha nazista devido à falta de tungstênio mais denso.
Os militares americanos usaram projéteis de urânio empobrecido na Operação Tempestade no Deserto, no bombardeio da Iugoslávia e durante a invasão do Iraque em 2003.
A ajuda militar britânica à Ucrânia totalizou cerca de £ 2,3 bilhões (R$ 14,25 bilhões) durante o ano passado.
Este pacote inclui cerca de três milhões de equipamentos militares, incluindo um carregamento de tanques Challenger 2, bem como 200 outros veículos blindados, mais de 10.000 mísseis antitanque e vários lançadores de foguetes.
O primeiro-ministro Rishi Sunak se comprometeu a entregar à Ucrânia, neste ano, pelo menos tanta ajuda quanto no ano passado.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.
O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.