"Pensar que não haverá mais a Rússia e que podemos nos desacoplar em todas as áreas é ilusório", cita a agência o ministro.
Ele acrescentou que a Áustria enfraqueceria tais laços, mas isso também não pode acontecer "da noite para o dia".
"Dostoiévski e Tchaikovsky continuam a fazer parte da cultura europeia, quer queiramos quer não. [A Rússia] vai continuar sendo nosso maior vizinho, vai continuar sendo a segunda maior potência nuclear do mundo", enfatizou Schallenberg.
O ministro lembrou que 91% das empresas ocidentais ainda operam na Rússia, assim como um grande número de instituições financeiras europeias.
"Há bastantes bancos americanos, um de nome Bank of America, presentes na Rússia", disse Schallenberg.
Guerra de sanções
O Ocidente aumentou a pressão de sanções sobre a Rússia após o início da operação militar russa na Ucrânia, com muitas empresas europeias se retirando do país. A União Europeia já impôs dez pacotes de sanções contra Moscou desde fevereiro de 2022.
A Rússia declarou repetidamente que o país lidará com a pressão das sanções impostas pelo Ocidente desde há vários anos.
Moscou observou que ao Ocidente falta coragem para admitir o fracasso das sanções contra a Rússia. No próprio Ocidente têm repetidamente soado argumentos que as sanções são ineficazes.
Vladimir Putin apontou que a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, mas as sanções infligiram um sério golpe a toda a economia global. Segundo ele, o principal objetivo do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas.