Panorama internacional

Reuters: Honduras exigiu US$ 2,5 bi de Taiwan antes de anunciar retomada da diplomacia com China

Governo hondurenho anunciou, através da sua presidente, que voltaria a estabelecer laços diplomáticos com Pequim, o que implica no corte das relações com Taiwan. Entretanto, houve tentativa de negociação antes do anúncio, diz a agência britânica.
Sputnik
Na quarta-feira passada (15), a presidente de Honduras, Xiomara Castro, anunciou as intenções do país da América Central de reatar os laços com a China.
Porém, antes de fazer o anúncio, Honduras teria pedido US$ 2,5 bilhões (R$ 13,7 vilhões) em ajuda a Taiwan um dia antes de Castro anunciar em seu Twitter.
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Uma fonte familiarizada com a situação confirmou à uma reportagem da Agência Central de Notícias oficial de Taiwan de que em 13 de março o ministro das Relações Exteriores de Honduras, Eduardo Enrique Reina, havia escrito ao MRE de Taiwan exigindo o dinheiro, relata a Reuters.
Reina disse na semana passada que sua decisão foi em parte porque o país centro-americano estava "até o pescoço" em desafios financeiros e dívidas, incluindo US$ 600 milhões (R$ 3,1 bilhões) que deve a Taipé.
O chanceler também afirmou que Tegucigalpa pediu a Taipé que dobrasse sua ajuda anual para US$ 100 milhões (R$ 526 milhões), mas nunca recebeu uma resposta. Honduras também tentou renegociar a dívida, mas não deu em nada, disse Reina.
Desde o anúncio de Castro, Taiwan disse repetidamente que o país da América Central não deveria acreditar nas "promessas vazias" da China, mas que Taipé não se envolveria na diplomacia do talão de cheques com Pequim.
Os Estados Unidos também estariam fazendo pressão nos bastidores para que Honduras não cortasse os laços com a ilha dizendo que a China "fala demais e cumpre de menos".
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Fontes também disseram à Reuters que a situação de Honduras, em que uma semana após o anúncio o país ainda não estabeleceu relações com a China, é muito incomum.
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