Panorama internacional

Bloomberg: EUA receiam ficar 'encurralados' devido à rejeição do plano chinês para a Ucrânia

EUA têm receio de ficarem "encurralados" devido ao ceticismo demonstrado relativamente ao plano chinês para resolver a situação na Ucrânia. Uma rejeição completa desta questão pode ajudar a China a provar aos outros países que Washington não está interessado na paz, escreve a agência Bloomberg.
Sputnik
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse anteriormente que o plano de resolução do conflito proposto pela China só é benéfico para a Rússia e chamou de "irracional" a própria ideia de a China negociar o fim de uma "guerra totalmente injusta" por conta da Ucrânia.

"Os EUA estão preocupados com o fato de ficarem encurralados em relação à proposta chinesa. Independentemente das ressalvas por parte dos EUA, a rejeição total [do plano da China] pode permitir à China provar aos outros países, que estão cansados da guerra e dos danos econômicos que ela provoca, que Washington não está interessado na paz", aponta a agência citando um funcionário dos EUA na condição de anonimato.

Destaca-se que, apesar do ceticismo sobre as propostas da China que as autoridades dos EUA expressaram publicamente, no âmbito privado o plano proposto, bem como a reunião desta semana entre o presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin, provocaram preocupações na administração da Casa Branca.
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"A administração Biden tentou manter a China de fora desde o início [do conflito] na Ucrânia, mas parece que aconteceu o oposto […] A China encontra uma audiência receptiva para seus esforços diplomáticos mais amplos em todo o mundo", observa o artigo.
As autoridades chinesas propuseram o seu plano de paz em fevereiro. Ele contém 12 pontos, incluindo apelos ao cessar-fogo, respeito pelos legítimos interesses de segurança de todos os países e a resolução da crise humanitária na Ucrânia. De acordo com o presidente russo Vladimir Putin, muitos pontos do plano de paz chinês podem formar a base para um acordo quando o Ocidente e a Ucrânia estiverem prontos para isso.
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