De acordo com o artigo, na quinta-feira e sexta-feira em Bruxelas haverá uma reunião de líderes da União Europeia (UE), que discutirá a competitividade econômica do bloco e o apoio à Ucrânia, mas o conflito entre Berlim e Paris ameaça dificultar as negociações.
Anteriormente, a Alemanha, junto com um pequeno grupo de aliados incluindo a Itália, bloqueou a decisão da UE de proibir a venda de carros a gasolina e gasóleo até 2035, o que provocou um "escândalo".
Berlim insiste em uma isenção para as alternativas sintéticas aos combustíveis fósseis, o que beneficiaria a indústria automóvel alemã, mas o Parlamento Europeu rejeitou por duas vezes o seu pedido.
Tudo isso provocou críticas por parte da França, que, por sua vez, está pressionando pela inclusão da energia nuclear na lista de tecnologias "limpas" da UE, o que indigna por sua vez a Alemanha, diz o jornal.
Ao mesmo tempo, a pressão do governo de Olaf Scholz, que inclui os Verdes alemães, sobre a Comissão Europeia, que reduziu a importância da energia atômica no plano de descarbonização da UE, "irritou particularmente Paris".
De acordo com o jornal, no início desta semana, Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, em uma carta ao Conselho da UE, protestou contra as tentativas da Alemanha de alterar "no último minuto" a legislação do bloco acordada no campo do transporte motorizado.
Ao mesmo tempo, a secretária de Estado alemã para os Assuntos da União Europeia, Anna Luhrmann, expressou a esperança de que o desejo de Berlim de influenciar a legislação da UE não incentive outros países a tentar repetir suas ações para proteger seus interesses nacionais.