Com uma multa no valor de R$ 2,1 milhões por "descarte irregular de substância radioativa", a Eletronuclear, empresa que opera a usina de Angra 1, foi autuada pelo Ibama.
De acordo com informações da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) citadas pela CNN Brasil, o caso aconteceu no dia 16 de setembro, e a comissão não havia sido informada pela Eletrobrás/Eletronuclear. Três equipes foram enviadas ao local para apurar a ocorrência.
"O resultado das inspeções realizadas evidenciou que, durante uma operação de rotina de recirculação e purificação de água de operação, ocorreu a falha de uma válvula de isolamento, propiciando a liberação de um volume de água para o canal de descarga da usina, estimado em, no máximo, 90 litros", pontua a nota da CNEN.
Segundo o Ibama, "os documentos permitiram confirmar o vazamento, que teria sido provocado por degradação [corrosão] do sistema de contenção de vazamentos".
A Eletronuclear alega que no dia 16 de setembro foi feita "liberação não programada de um pequeno volume de água contendo substâncias de baixo teor de radioatividade".
Mas que os valores da liberação estariam abaixo dos limites para ser considerada um acidente, seguindo a legislação. Assim, o caso foi tratado como um "incidente operacional", informado nos relatórios regulares previstos, relata a mídia.
A empresa também declarou que respeita a avaliação do Ibama, mas que entrará na Justiça para recorrer a sentença.