Panorama internacional

Chefe do FMI relata riscos crescentes para a estabilidade financeira global, diz mídia

A estabilidade financeira global está exposta a um risco maior, já que o aumento das taxas de juros pressiona os sistemas econômicos, disse a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Sputnik

"Está claro que os riscos para a estabilidade financeira aumentaram. Em um momento de níveis de endividamento mais altos, a rápida transição de um período prolongado de taxas de juros baixas para taxas muito mais altas necessárias para combater a inflação inevitavelmente cria tensões e vulnerabilidades, como demonstram os eventos recentes no setor bancário de várias economias avançadas", disse Georgieva o Fórum de Desenvolvimento da China.

Segundo a responsável do FMI, a incerteza no setor econômico é atualmente elevada, sobretudo devido aos riscos de fragmentação geoeconômica que pode vir conduzir a um mundo dividido em blocos econômicos rivais.
"Em conjunto, esses fatores significam a possibilidade de que as perspectivas para a economia mundial no médio prazo continuem fracas", destacou.
Ainda neste mês, após a falência do Silicon Valley Bank (SVB) nos EUA, que levou à queda de outra instituição financeira norte-americana e à aquisição do Credit Suisse pelo UBS, diversos analistas levantaram preocupações de que o mundo poderia enfrentar uma nova crise financeira de nível global.
Ações bancárias acabaram caindo novamente na sexta-feira (23), desta vez lideradas pelo Deutsche Bank, forçando o chanceler alemão Olaf Scholz a insistir que "não há razão para se preocupar" com a instituição, de acordo com o Financial Times (FT).

"Também vimos formuladores de políticas agindo de forma decisiva em resposta aos riscos de estabilidade financeira e vimos bancos centrais de economias avançadas aumentando a provisão de liquidez em dólares americanos", disse Georgieva. "Essas ações aliviaram as tensões do mercado até certo ponto, mas a incerteza é alta e isso ressalta a necessidade de vigilância", afirmou a autoridade.

Nova 'ordem mundial' russo-chinesa ameaça 'hegemonia' econômica dos EUA
Comentar