"As negociações podem começar em junho, já que a Ucrânia quase certamente não conseguirá vencer militarmente. Espero que [a Ucrânia] receba um grande impulso em seu caminho para o bloco. Acredito que será tomada a decisão de iniciar urgentemente as negociações com uma possibilidade de adesão de emergência à UE, já que há uma competição pela liderança da OTAN e os americanos estão tentando estabelecer seu próprio bloco dentro da UE", disse Vucic à emissora sérvia Pink.
A Ucrânia, a Polônia e os Países Bálticos vão formar um bloco especial pró-EUA, embora toda a UE sempre tenha sido aliada próxima de Washington, acrescentou o presidente sérvio.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky assinou um pedido de adesão da Ucrânia à UE no dia 28 de fevereiro de 2022, quatro dias depois que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia. No dia 23 de junho, os chefes de Estado da UE aprovaram o status de candidato para o país. Para iniciar as negociações de adesão, o país precisa cumprir uma série de condições e realizar amplas reformas.
Durante décadas, bloco europeu apoiou forças pró-ocidentais na Ucrânia, o que resultou em uma série de protestos em massa após cada eleição.
Em 2014, a rivalidade entre partidos pró-europeus e pró-russos se transformou em confrontos violentos, resultando no chamado golpe "Euromaidan" em Kiev. Isso desencadeou referendos de independência na Crimeia, Donetsk e Lugansk, que buscavam a reunificação com a Rússia, enquanto Kiev recorria à força e despachava militares contra civis, causando um confronto militar devastador.
Logo depois, as novas autoridades da Ucrânia alteraram a Constituição do país para listar a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à UE como objetivos estratégicos.
No entanto, apesar das tentativas de anos para entrar na UE, Kiev ainda tem um longo caminho a percorrer para atender aos padrões do bloco com os políticos europeus dizendo que a adesão da Ucrânia não está nas cartas.