"Ao fornecer suas antenas ao principal líder da AQIM, a France 24 não apenas atua como uma agência de notícias para esses terroristas, mas também fornece [...] um espaço para legitimar ações terroristas e transmitir discursos de ódio que satisfazem as más intenções desta organização em Burkina Faso", afirmou a junta militar que governa a nação africana.
"Portanto, o governo decidiu com total responsabilidade, e em nome dos interesses superiores da nação, suspender a transmissão de programas da France 24 em todo o território nacional", disse o porta-voz do governo Jean-Emmanuel Ouédraogo.
O comunicado reafirma o compromisso do governo de Ouagadougou com a liberdade de expressão e lembra à França 24, bem como a todos os meios de comunicação, sua responsabilidade editorial ao lidar com informações sobre terrorismo.
No final de janeiro, Burkina Faso anulou um acordo de 2018 que regulamentava a presença militar da França em seu território e deu às tropas francesas um mês para se retirarem.
No início de março, Ouagadougou notificou Paris sobre sua suspensão do acordo de assistência técnico-militar, assinado em 1961.