Panorama internacional

Kremlin pode exigir indenização por danos ao gasoduto Nord Stream

Um pedido de indenização por danos causados ao gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte) pode ser justificado, declarou o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov.
Sputnik

"Se este é um caso [...] de sabotagem por um ou mais Estados, até agora os dados indicam que um ato de sabotagem desta envergadura, um ato terrorista contra uma infraestrutura crítica, não poderiam ter sido realizados sem a participação de um Estado e de entidades governamentais especiais, com todo o seu potencial", disse Peskov.

Ele respondeu assim à pergunta de jornalistas se o Kremlin sabe a quem tal demanda pode ser apresentada. Além disso, Peskov observou que os países ocidentais estão tentando encerrar este tópico para que ele não permaneça na agenda.
"Mas, é claro, a Rússia continuará a fazer todo o possível para evitar que isso aconteça", disse o porta-voz.
Dmitry Birichevsky, diretor do Departamento de Cooperação Econômica do Ministério das Relações Exteriores, disse em entrevista à Sputnik que Moscou pode eventualmente levantar a questão da compensação por danos causados pelo ataque terrorista ao gasoduto Nord Stream.
Segundo ele, o destino dos gasodutos não é claro e as ações dos países ocidentais sabotando a investigação da explosão indicam uma falta de interesse em ter relações normais com a Rússia na esfera energética.
Os ataques ocorreram simultaneamente em 26 de setembro de 2022 nos dois gasodutos russo-alemães que transportavam gás natural russo para a Europa – o Nord Stream 1 e o Nord Stream 2.
Recentemente, Seymour Hersh, jornalista e autor da investigação sobre o envolvimento dos EUA nas explosões do gasoduto, disse que o chefe do governo alemão Olaf Scholz tem apoiado as tentativas de Washington de encobrir informações sobre a sabotagem do gasoduto Nord Stream desde o outono europeu.
Anteriormente, o jornal The New York Times relatou informações de inteligência que um grupo pró-ucraniano, cujos planos não eram necessariamente conhecidos em Kiev, estava alegadamente por detrás da sabotagem dos gasodutos.
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