Destaca-se que Taro Yamamoto, o líder do partido de oposição Reiwa Shinsengumi, teria levantado a questão em uma reunião do comitê de orçamento na câmara alta do Parlamento japonês.
"Senhor primeiro-ministro, você pretende incentivar o Reino Unido a não enviar tais munições?", perguntou o político a Kishida, aponta mídia.
O chefe do governo japonês se esquivou ostensivamente de dar uma resposta direta, dizendo que "apesar de estudos sobre os efeitos negativos para a saúde humana, não foram obtidos resultados concretos". Entretanto, Yamamoto seguiu pressionando:
"Na verdade, tais munições já poderiam ser classificadas como armas nucleares […] e verificou-se que existe um risco de câncer […] Sr. primeiro-ministro, durante a sua reunião com o [presidente ucraniano Vladimir] Zelensky você pediu-lhe para não usar munições de urânio empobrecido?"
Kishida teria respondido que, "quanto às armas de urânio empobrecido, eu não disse nada específico sobre isso durante o meu encontro com Zelensky".
Em seguida o líder da oposição criticou esta resposta como o envio de uma "mensagem ruim", e acrescentou por fim que o próprio primeiro-ministro era "de Hiroshima".
Em agosto de 1945, pilotos norte-americanos lançaram bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Como resultado da explosão nuclear e das suas consequências, em Hiroshima, de uma população de 350 mil pessoas, 140 mil morreram, enquanto em Nagasaki morreram 74 mil pessoas.
A esmagadora maioria das vítimas do bombardeamento nuclear corresponde a civis. Nenhuma destas cidades destruídas tinha quaisquer instalações militares importantes.