"Eles estão enviando suas velharias para a Ucrânia e comprando material novo para si mesmos, financiado com dinheiro da UE", cita a edição um diplomata da União Europeia (UE).
Outro diplomata da UE acrescentou que os estonianos enviam armas antigas, que não são mais produzidas, e depois exigem reembolso com base nos preços de equivalentes modernos.
De acordo com a publicação, dados classificados do Departamento de Relações Exteriores e Defesa da UE mostram que seis países – Finlândia, Letônia, Lituânia, Estônia, França e Suécia – calcularam os pedidos de reembolso com base no preço de compra de novos materiais e não no valor real atual do que eles enviaram.
Segundo informações, a Estônia exigiu mais de € 160 milhões (R$ 899 milhões) por suas "doações" passadas à Ucrânia e foi reembolsada em € 134 milhões (R$ 752 milhões).
O Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP) é um fundo não orçamental criado pela UE em março de 2021 para melhorar sua capacidade de prevenir conflitos e fortalecer a segurança internacional.
O fundo foi calculado em cerca de € 5,7 bilhões (R$ 32 bilhões) para o período de 2021-2027. Entretanto, a maior parte deste fundo já foi reservado para compensar parcialmente os fundos gastos em assistência militar à Ucrânia pelos Estados-membros da UE.
Por sua vez, a Rússia já remeteu uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.
Além disso, o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que a entrega massiva de armas à Ucrânia não contribui para o sucesso de futuras negociações russo-ucranianas e terá, pelo contrário, um efeito negativo.