Panorama internacional

China avisa contra corrida armamentista em meio ao desenvolvimento do AUKUS

O pacto de segurança, formado em 2021 pela Austrália, o Reino Unido e os EUA, é visto pela China como continuando a "mentalidade da Guerra Fria" e a tentativa de construir uma nova OTAN.
Sputnik
A cooperação submarina nuclear entre Austrália, EUA e o Reino Unido pode desencadear uma corrida armamentista, advertiu na quinta-feira (30) o Ministério das Relações Exteriores da China, citado pela agência britânica Reuters.
"Uma vez aberta a 'caixa de pandora', o equilíbrio estratégico regional será perturbado, a segurança regional será seriamente ameaçada", disse Tan Kefei, porta-voz do Ministério de Defesa chinês, em um briefing à mídia.
A Austrália, EUA e o Reino Unido revelaram neste março detalhes de um plano para fornecer a Camberra submarinos de ataque movidos a energia nuclear a partir do início da década de 2030, para contrariar a China no Indo-Pacífico.
"A China se opõe firmemente ao estabelecimento da chamada 'parceria trilateral de segurança' entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália. Este pequeno círculo dominado pela mentalidade da Guerra Fria é inútil e extremamente prejudicial", disse Tan.
Tan acrescentou que tal cooperação era uma extensão da política de dissuasão nuclear de países individuais, uma ferramenta de jogo para construir uma "versão Ásia-Pacífico da OTAN", e que ela afetou seriamente a paz e a estabilidade na região.
Em setembro de 2021 Camberra, Londres e Washington formaram o pacto AUKUS, que prevê a entrega de submarinos movidos a energia nuclear à Austrália até 2040. O plano é visto por muitos como visando a China.
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