Donald Trump, ex-presidente dos EUA (2017-2021), pediu a seus assessores que elaborassem um plano que permitiria às Forças Armadas dos EUA "desafiar os cartéis de droga mexicanos" no próprio país, de acordo com o portal Rolling Stone.
O documento, intitulado "Está na Hora de Conduzir Guerra Contra Os Cartéis de Drogas Transnacionais" ("It's Time to Wage War on Transnational Drug Cartels", em inglês), delineia estratégias para Washington "invocar o espírito da doutrina Monroe", e que os EUA não tolerariam que "narcoterroristas" infrinjam sua esfera de influência.
O documento encoraja os EUA a solicitar a colaboração do México, mas também observa que "é vital que o México não seja levado a acreditar que tem poder de veto para impedir que os EUA tomem as ações necessárias para proteger suas fronteiras e seu povo".
O Rolling Stone escreve que Trump chegou a pedir a Mark Esper, ex-secretário de Defesa dos EUA (2018-2019) "atirar mísseis no México para destruir os laboratórios de drogas" e fingir não estar por trás do ataque.
A mídia também citou casos de numerosos funcionários do Partido Republicano se expressando a favor da ideia, tal como no caso de James Comer, presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, que, segundo o livro de Esper, qualificou como "erro" a decisão de Trump de não largar bombas no México.
Em janeiro, os congressistas Dan Drenshaw e Michael Waltz apresentaram um projeto de lei para aprovar uma Autorização de Uso da Força Militar que permitiria ação militar no México para atacar cartéis. Enquanto isso, na quarta-feira (29), o senador Lindsey Graham apresentou um projeto de lei para designar os cartéis e outras organizações como organizações terroristas estrangeiras, lançando as bases para tais autorizações de guerra.
Em novembro de 2024 haverá uma nova eleição presidencial nos EUA, na qual Trump concorrerá para conseguir a nomeação do Partido Republicano e tentar vencer o atual presidente democrata Joe Biden.