Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também pretende fazer uma visita oficial a Pequim. Lula deveria embarcar no último sábado (25), mas após ser diagnosticado com pneumonia, o mandatário precisou adiar a viagem. Uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping estava agendada para 28 de março.
O governo remarcou a viagem do presidente do Brasil à China para 11 de abril, entretanto, a data ainda não foi confirmada por Pequim uma vez que o presidente, Xi Jinping, está com agenda bastante ocupada para visitas internacionais, de acordo com o Último Segundo.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, inicia sua visita à China na quinta-feira (30), tornando-se segundo líder de um país europeu a visitar a RPC desde a reversão de Pequim de suas restrições rígidas à pandemia da COVID-19 em 2022, que viu a viagem do chanceler alemão Olaf Scholz a Pequim.
Sánchez planeja realizar reuniões focadas comercialmente durante o Fórum Boao para a Ásia na ilha chinesa de Hainan em 30 de março, antes de viajar para Pequim para se encontrar com o presidente Xi Jinping em 31 de março.
O próprio primeiro-ministro espanhol disse aos repórteres que "descobriria em primeira mão qual é a posição [da China] para a paz na Ucrânia e transmitiria a mensagem de que os ucranianos serão os que estabelecerão as condições para a paz."
Quem mais planeja visitar a China?
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a disponibilidade para visitar a China no início do próximo mês para discutir o impasse na Ucrânia.
Falando a repórteres na semana passada, Macron disse que "sugeriu à [presidente da Comissão Europeia, Ursula] von der Leyen que ela o acompanhasse à China" em 4 de abril para que pudessem falar "com uma voz unificada" sobre o assunto.
Além de Macron e von der Leyen, o chefe de Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, disse que visitará a China em breve, embora a data da viagem ainda não tenha sido finalizada.
Um jornal chinês observou nesta linha que a prontidão dos líderes europeus para visitar a RPC destaca o papel de Pequim como uma "promotora da paz" no conflito na Ucrânia.
Cui Hongjian, diretor do Departamento de Estudos Europeus do Instituto Chinês de Estudos Internacionais, disse ao jornal que a China está em uma posição única na promoção da resolução pacífica da crise na Ucrânia.
"Os países europeus sabem que a China não só tem a capacidade, mas também mostrou disposição para oferecer uma proposta de paz para a crise da Ucrânia. Eles querem expressar a posição da Europa sobre o assunto", disse Cui.
Separadamente, os especialistas apontaram para o desenvolvimento das relações China-UE, que disseram ser uma necessidade objetiva e realista.
O jornal citou Gao Jian, diretor do Centro de Estudos do Think Tank Europeu da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, dizendo que na era pós-pandemia da COVID-19, a economia global permanece lenta, e a Europa percebe que o "desacoplamento" sugerido pelos EUA (a ideia de reduzir a dependência mútua em uma série de áreas) tem um impacto negativo na Europa.
Portanto, é seguro dizer que a UE deve se concentrar em reforçar o comércio bilateral e as relações econômicas com a China, concluiu Gao.