Ciência e sociedade

Cavalos eram usados na América do Norte mais cedo do que pensávamos, conclui estudo

Conforme estudou um grupo de pesquisadores e indígenas norte-americanos, os primeiros registros do uso dos animais começaram em 1680, mas eles são apenas parte um puzzle histórico.
Sputnik
Os cavalos podem ter "colonizado" a América do Norte durante a primeira metade do século XVII, várias décadas antes da chegada dos espanhóis, concluíram pesquisadores de uma equipe de 15 países em um artigo publicado na quinta-feira (30) na revista Science.
Os registros históricos europeus do período colonial rezam que as comunidades indígenas americanas só começaram a cuidar de tais animais após rebelião de Popé de 1680, no atual estado americano do Novo México, durante a qual os moradores locais derrubaram temporariamente o domínio espanhol, libertando o gado europeu no processo. Cálculos da equipe dão a possibilidade de os animais de carga terem sido usados já na primeira metade do século XVII.
No entanto, os cientistas e múltiplos grupos indígenas americanos usaram conjuntamente a datação por radiocarbono, sequenciamento de DNA e outras ferramentas para descobrir como e quando os cavalos chegaram pela primeira vez em várias regiões do que é hoje os EUA.
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Estudo teria encontrado local dos primeiros cavaleiros da história
Eles examinaram o material genético de cerca de 24 restos de animais encontrados em locais que vão do Novo México aos estados de Kansas e ao Idaho. Os resultados sugerem que a maioria dos cavalos indígenas eram descendentes de cavalos espanhóis e ibéricos.
O texto sublinha que, no momento, não está claro como estes animais chegaram às Américas, mas que é provável que os europeus não tenham estado envolvidos no seu transporte inicial. As descobertas são consistentes com uma ampla gama de histórias orais indígenas, de acordo com os autores da pesquisa.
"O foco apenas no registro histórico subestimou a antiguidade e a complexidade das relações indígenas com cavalos em uma grande faixa do oeste americano", disse William Taylor, chefe de arqueologia do Museu de História Natural da Universidade do Colorado, EUA, e coautor do estudo.
Carlton Shield Chief Gove, membro da Nação Pawnee de Oklahoma e coautor do estudo, disse que as descobertas da equipe podem ajudar os acadêmicos a entender a importância desses animais para a história dos povos indígenas americanos. Se for confirmada, esta hipótese mudaria a história do continente.
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