De acordo com a mídia, a Espanha é o país que na Europa mais importa o GNL russo.
"O gás russo flui em grande abundância para a Espanha, nem o governo nem Bruxelas sabem como pará-lo. O país aumentou a compra deste combustível em 84% desde o início [da operação especial russa na Ucrânia]. Nos dois primeiros meses deste ano, os boletins estatísticos mensais da Enagás revelam um aumento de 172% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma realidade incómoda que tem provocado reações tanto em Madri como em Bruxelas", destacou o autor do artigo, Lucas Proto.
O jornalista acrescentou que as autoridades europeias tentaram pressionar os importadores de combustíveis espanhóis, apesar de o GNL russo não estar incluído nas sanções ocidentais.
"Mas a realidade é que, tanto em Espanha como no resto da União Europeia (UE), não existe nenhum mecanismo, para além das palavras, para colocar uma tampa no fluxo de hidrocarboneto para ocidente. Os importadores são empresas privadas e as transações são totalmente legais, uma vez que, ao contrário do petróleo bruto e dos seus produtos derivados, não existem vetos nem sanções contra o GNL proveniente da Rússia", explicou Proto.
Segundo ele, a crescente atratividade do GNL russo se verifica em toda a União Europeia. As importações deste hidrocarboneto aumentaram acentuadamente para 19,25 de bilhões de metros cúbicos em 2022, em comparação com 14 bilhões de metros cúbicos em 2021.