As declarações recentes de Todd Robinson, vice-secretário de Estado para Assuntos Internacionais de Narcóticos e Aplicação da Lei dos EUA, de que "os cartéis mexicanos estão trabalhando com redes para obter precursores [de fentanil] ilícitos, em grande parte da China", são falsas, respondeu a embaixada chinesa no México.
"Esta acusação é infundada, engana a opinião pública e enquadra maliciosamente a China", disse a embaixada em um comunicado de imprensa.
A missão diplomática indicou que, desde 2019, quando o governo chinês adotou medidas de controle de todos os tipos de tais substâncias, "nenhum contrabando de substâncias do fentanil foi detectado entre a China e o México". Além disso, acrescentou, as autoridades mexicanas não informaram Pequim sobre quaisquer apreensões de substâncias químicas precursoras de fentanil.
A embaixada também garantiu que a China está cooperando "vigorosamente" com a comunidade internacional na aplicação da lei de drogas no âmbito das Convenções das Nações Unidas sobre Drogas.
"A China é o primeiro país do mundo a controlar oficialmente todos os tipos de substâncias precursoras do fentanil, e sempre controlou rigorosamente os precursores químicos", disse ele.
"Os Estados Unidos é onde está a essência da questão do abuso do fentanil, e devem tomar medidas para reduzir o uso de drogas e parar a produção e o tráfico de fentanil no seu país. Os Estados Unidos devem refletir seriamente sobre os problemas que têm, ao invés de teimosamente culpar outros países", apontou a declaração.