"O Japão persuadiu os Estados Unidos a concordar com uma exceção. [...] Esta concessão mostra a dependência do Japão da Rússia em relação ao fornecimento de combustíveis fósseis", indica o artigo.
Segundo os analistas, esta questão foi a razão da hesitação de Tóquio em apoiar Kiev em seu conflito com a Rússia.
O Japão faz parte da coalizão de países do G7 e da União Europeia (UE) que concordaram em limitar o preço de compra do petróleo russo. As empresas desses países estão proibidas de transportar petróleo por mar e contratar seguros se o combustível for vendido a mais de US$ 60.
Depois que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia, o chamado Ocidente coletivo desencadeou uma ampla campanha de sanções contra Moscou.
Buscando ativamente maneiras de limitar as receitas da Rússia, principalmente as provenientes do petróleo e gás, a UE impôs um embargo em dezembro de 2022 ao petróleo bruto russo.
Depois disso, Bruxelas concordou com a proposta da Comissão Europeia de impor um teto de US$ 60 (cerca de R$ 303) por barril para o diesel russo e US$ 45 (cerca de R$ 237,57) por barril para produtos com desconto, como óleo combustível, com a medida entrando em vigor em 5 de fevereiro de 2023.
As sanções chegaram em um momento de aumento dos preços do diesel, enquanto a Europa luta para garantir importações de fontes alternativas.
Em resposta às restrições, Moscou proibiu o fornecimento de petróleo e derivados russos caso o contrato preveja, direta ou indiretamente, um teto de preço, de acordo com um decreto assinado pelo presidente russo, Vladimir Putin, que também permite a emissão de licenças especiais.
No final de dezembro passado, o porta-voz do Kremlin , alertou que os tetos de preço do petróleo e do gás russos são inaceitáveis para Moscou e que o país nunca vai concordar com a manipulação dos preços de mercado.