A oitiva do ex-presidente estava marcada para 14h30 e vai ocorrer no mesmo momento em que outros personagens do caso também estarão depondo aos investigadores. A estratégia tenta evitar combinação de respostas e estratégias jurídicas, segundo a revista Veja.
Mais tarde, a CNN Brasil informou que o ex-mandatário deixou o local às 17h30. Bolsonaro estava acompanhado de advogados e de seu ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten.
Em suas redes sociais, Wajngarten disse que o depoimento de Bolsonaro "transcorreu de maneira absolutamente tranquila, tendo respondido a todas as indagações feitas pela PF. Foi uma ótima oportunidade para esclarecimentos dos fatos".
A segurança do local foi reforçada, o estacionamento esvaziado e o trânsito de pessoas proibido, entretanto, o local estava calmo sem a presença de apoiadores ou opositores do ex-presidente.
Também está previsto para esta quarta-feira (5) o depoimento de Mauro Cid Barbosa, o ajudante de ordens de Bolsonaro que intermediou a tentativa de liberação das joias na alfândega.
O inquérito da PF apura se o ex-presidente cometeu o crime de peculato ao tentar ficar com as joias, em especial um conjunto, avaliado em R$ 16 milhões, que foi retido pela Receita Federal em outubro de 2021.
Peculato ocorre quando um funcionário público se apropria de dinheiro ou bens dos quais tem posse em razão de seu cargo. A pena varia de dois a 12 anos de prisão, além do pagamento de multa, pontua o G1.
Antes de seguir para Polícia Federal, nos dias que antecederam o depoimento, o ex-presidente se reuniu com um time de advogados a portas fechadas no escritório do PL, em Brasília, para se preparar para o depoimento de hoje (5), segundo a coluna de Malu Gaspar em O Globo.