"No início da guerra na Ucrânia, houve aqui uma grande solidariedade com os refugiados ucranianos, especialmente mulheres e crianças... Mas, um ano depois, estamos em uma crise econômica muito grave. As pessoas na França não entendem mais porque estamos dando tantos milhões de euros à Ucrânia, enquanto eles são obrigados a fazer esforços para lidar com a vida cotidiana", disse um dos coordenadores dos Coletes Amarelos.
Segundo ele, os franceses estão vendo os preços do pão dispararem e as padarias na França não conseguem lidar com a crise.
Em suas palavras, as pessoas não entendem mais isso. Por um lado, há centenas de milhões de euros que estão fluindo, por outro, há dinheiro que as autoridades estão exigindo do povo em vez de tributar os cidadãos mais ricos e os dividendos das grandes empresas.
"Portanto, há um aumento das atitudes populistas por causa de um mal-entendido crescente. A guerra na Ucrânia e a ajuda à Ucrânia causam cada vez mais desaprovação", disse o ativista.
Anteriormente, uma pesquisa do IFOP, encomendada pela mídia francesa Le Journal du Dimanche, revelou que o índice de aprovação do presidente francês Emmanuel Macron caiu para 28%, um nível inédito desde os protestos dos Coletes Amarelos em 2019.
O projeto de reforma previdenciária causou uma reação maciça na sociedade francesa. Já houve sete greves gerais e centenas de manifestações na França nos últimos dois meses, com mais de um milhão de participantes. Durante os protestos, muitas vezes ocorreram confrontos entre a polícia e os manifestantes.