O artigo também aponta que dois dos membros da tripulação do iate tinham falsificado seus documentos pessoais.
"O Andromeda agora está em doca seca com vista para o mar Báltico [...] Três funcionários alemães disseram ao The Times que os investigadores haviam encontrado vestígios de explosivos no barco e descobriram que dois membros da tripulação haviam usado passaportes búlgaros falsos", escreve a edição.
Além disso, o artigo observa que o barco atracou na ilha dinamarquesa de Christianso, a 12 milhas do local da explosão, após ter sido fretado no porto de Rostock, no norte da Alemanha, em 5 de setembro, e fez uma parada noturna em Wiek, um porto mais obscuro no norte da Alemanha, sem câmeras e com pouca supervisão.
O The New York Times questionou um trabalhador portuário local que se lembra muito bem da visita.
"Ele [o trabalhador] havia tentado repetidamente falar com a tripulação, primeiro em alemão, depois em inglês. Em vez de tentar qualquer tipo de resposta, em qualquer idioma, um homem simplesmente lhe entregou a taxa de atracação e virou as costas", explica o artigo.
História dos gasodutos Nord Stream
Os ataques ocorreram em 26 de setembro de 2022 simultaneamente nos dois gasodutos russo-alemães que transportavam gás natural russo para a Europa – o Nord Stream 1 e Nord Stream 2.
A operadora dos gasodutos, a Nord Stream AG, informou que a situação de emergência nos gasodutos foi inédita e que o tempo de reparos não poderia ser avaliado.
A Alemanha, a Dinamarca e a Suécia não descartam que tenha sido um ato de sabotagem e iniciaram investigações, ainda sem resultado.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a explosão dos gasodutos foi um óbvio ato de terrorismo.
O Pentágono tem negado qualquer envolvimento dos EUA.
Segundo a versão do jornalista norte-americano Seymour Hersh, os explosivos nos gasodutos foram plantados por especialistas estadunidenses, apoiados por mergulhadores noruegueses, sob a cobertura do exercício BALTOPS 2022 da OTAN, que decorreu em junho de 2022. Ele acredita que a operação foi realizada sob ordens diretas da Casa Branca.
Recentemente, o New York Times noticiou, com base em dados de inteligência, que um grupo pró-ucraniano teria estado por trás da sabotagem dos gasodutos Nord Stream.
O jornal alemão Die Zeit escreveu que os vestígios do ataque aos gasodutos apontam na direção da Ucrânia.
O Ministério Público Federal alemão confirmou à Sputnik que foram realizadas buscas em um navio alegadamente carregado com materiais para explodir o Nord Stream.
No entanto, o porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov chamou as publicações que apontam para o envolvimento da Ucrânia de "operação coordenada de desinformação".
Ele expressou perplexidade quanto à capacidade das autoridades norte-americanas, mencionadas nas publicações, de fazerem suposições sobre ataques terroristas ao Nord Stream sem antes haver uma investigação.