O Pentágono quer tirar o máximo proveito das autoridades recentemente criadas para transferir armas para Taiwan, relatou na quinta-feira (6) o portal Defense News.
O Congresso deu luz verde US$ 3 bilhões (R$ 15,18 bilhões) no total anual de ajuda militar a Taiwan como parte do projeto de lei fiscal da Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) de 2023, mas ainda não aprovou o financiamento para essas autoridades em seu projeto de lei de gastos para o ano fiscal de 2023, impedindo que sejam utilizadas.
Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, disse ao Comitê de Serviços Armados do Senado do país em 28 de março que o Pentágono pretende usar uma autorização de US$ 1 bilhão (R$ 5,06 bilhões) para transferir armas para Taiwan através da Autoridade de Redução Presidencial (PDA, na sigla em inglês), o mesmo mecanismo que a administração Biden usou para transferir equipamentos para a Ucrânia.
A PDA permitiria que a administração de Joe Biden transferisse imediatamente o material para Taiwan, por vir diretamente dos estoques militares existentes nos EUA, podendo servir como medida provisória para aliviar parcialmente um atraso de quase US$ 19 bilhões (R$ 98,65 bilhões) nas vendas de armas para Taiwan. O atraso também tem sido referido aos legisladores norte-americanos pela presidente taiwanesa Tsai Ing-wen, durante sua visita aos EUA.
Um alto funcionário do Pentágono disse ao Congresso em fevereiro que o departamento também quer que o Congresso financie até US$ 2 bilhões (R$ 10,12 bilhões) em Financiamento Militar Estrangeiro (FMF, na sigla em inglês) autorizado para Taiwan. O programa, administrado pelo Departamento de Estado, permite que outros países adquiram equipamentos militares dos EUA usando doações ou empréstimos.
No entanto, apesar de aceitar empréstimos com um prazo de 12 anos, até agora Washington tem hesitado em fornecer subsídios, por preocupação de que restará pouco dinheiro para a ajuda de segurança a outros países ou assistência humanitária global.