"Queremos fazer isso em um futuro próximo. Tivemos uma videoconferência em 15 de março com os parceiros latino-americanos. Eles não são burocrátricos e querem trabalhar e cooperar, já forneceram planos do que precisam. O Rosselkhozbank já se envolveu neste projeto", disse Frolenko.
De acordo com ele, o trabalho de criação do corredor já está em andamento há muito tempo e atualmente existem três rotas possíveis: de Puerto Cabello na Venezuela até as cidades russas de Sevastopol, São Petersburgo ou Novorossiysk.
Cavenru também espera que uma companhia marítima russo-venezuelana comece a operar antes do início do próximo verão, o que, entre outros objetivos, contribuirá para resolver os problemas logísticos e de exportação da Rússia, disse ele.
Em relação à conexão da Venezuela com o sistema de pagamentos russo MIR, Frolenko disse que muito trabalho já foi feito, mas que ainda não foi criado um sistema de pagamento recíproco e que a questão dos acordos aduaneiros precisa ser resolvida.
Segundo Frolenko, o comércio entre a Rússia e os países latino-americanos será impulsionado quando os problemas logísticos forem superados.
"O único problema é a logística. Uma vez resolvido, os produtos da América Latina chegarão aos mercados na Rússia", ressaltou ele.
Ele acrescentou que os produtores russos gostariam de aumentar as exportações de óleo de girassol para o país latino-americano.
O chefe da Cavenru também relatou que a Venezuela, por sua vez, pretende aumentar a oferta de café, comentando que o café venezuelano, ao contrário do colombiano, "não é promovido", mas que é na verdade "de alta qualidade" concluiu ele.
Em setembro passado, o então ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Carlos Faría Tortosa, disse à Sputnik que o comércio entre Caracas e Moscou havia sido dificultado pelas sanções ocidentais, mas que os dois países estavam encontrando maneiras de continuar cooperando.