Macron disse, após a visita à China, que a Europa não deveria ser arrastada para um confronto entre os EUA e a China em relação a Taiwan, nem se ajustar ao "ritmo americano". Os europeus precisam "acordar" e pensar em seus próprios interesses, disse ele.
"As declarações de Macron prejudicarão tanto as relações da Europa, quanto as dos EUA com a Ucrânia, além de dificultarem a formulação de uma posição unida da UE sobre Pequim", disseram dois diplomatas sêniores da UE.
"Isto não é uma vitória para ninguém. Exceto para [o presidente chinês] Xi Jinping", indica o autor da publicação.
Anteriormente, o senador republicano da Flórida, Marco Rubio, após as palavras do presidente francês Emmanuel Macron sobre Taiwan, ameaçou deixar a Europa sozinha lidando com a Ucrânia e se focar na questão de Taiwan.
A situação em torno de Taiwan, que tem estado tensa nos últimos anos, se agravou significativamente no início de agosto de 2022, após uma visita à ilha por Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA.
A China, que considera a ilha uma província renegada que um dia se reunificará com o território continental, condenou a ação, que vê como um apoio dos EUA ao separatismo de Taiwan e, em resposta, intensificou os exercícios militares em torno do território.