"A Rússia há muito chamou atenção para o fato de que 'bombear' o regime de Kiev com armas faria com que elas acabassem indo parar nos mercados negros e nas mãos do crime organizado e dos terroristas. Isto agora é confirmado pelos fatos", disse ele.
De acordo com o diplomata, o surgimento de armas ocidentais nos países europeus e nas mãos de grupos do crime organizado também é reconhecido pelos policiais europeus.
"Estas armas fornecidas por países ocidentais à Ucrânia estão se espalhando pelo mundo e já estão sendo usadas por militantes, particularmente na África, como todos já ouviram em declarações de líderes africanos", ressaltou ele.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse em 3 de abril que os países da aliança forneceram mais de 65 bilhões de euros (R$ 359 bilhões) em assistência militar à Ucrânia.
Os maiores fornecedores de armas para a Ucrânia são os EUA. Desde que o presidente americano Joe Biden tomou posse em janeiro de 2021, Washington já forneceu mais de US$ 35,8 bilhões (R$ 197 bilhões) em ajuda militar a Kiev, com US$ 35,1 bilhões (R$ 193,3 bilhões) em ajuda militar alocada à Ucrânia desde o início da operação especial.
A ajuda militar total dos EUA a Kiev desde 2014 está estimada em mais de 37,8 bilhões de dólares (R$ 204 bilhões).
O Reino Unido segue os EUA em termos de transferência de armas para Kiev. O presidente polonês Andrzej Duda disse recentemente que seu país era o terceiro maior fornecedor de armas para a Ucrânia.
A Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que os países da Aliança Atlântica estão "brincando com fogo" ao fornecerem armas para a Ucrânia.