Arqueólogos subaquáticos do Parque Arqueológico Campi Flegrei têm realizado um levantamento da área de Terme del Lacus, revelando um mosaico ornamentado contendo tesselas brancas, azuis e vermelhas, datado de cerca de 2.000 anos atrás.
Mosaico encontrado nas ruínas da cidade inundada de Baia, na costa do golfo de Nápoles, na Itália
© Foto / Parque Arqueológico Campi Flegrei/Edoardo Ruspantini
O mosaico foi encontrado nos restos de uma estrutura romana e consiste em linhas geométricas entrelaçadas e psicodélicas, cruzando tranças e hexágonos com lados côncavos.
Os arqueólogos sugerem que o mosaico é semelhante aos desenhos encontrados na Tunísia, onde Cartago, o antigo rival de Roma, foi conquistado em 146 a.C., durante a Terceira Guerra Púnica.
O levantamento também encontrou recentemente os restos de um bloco de estruturas cobrindo 60 metros de comprimento, colunatas de pedra, colunas de mármore e um grande pedaço de mármore opus sectile de piso com portasanta e mármore branco em um padrão alternado cromático.
Mosaico encontrado nas ruínas da cidade inundada de Baia, na costa do golfo de Nápoles, na Itália
© Foto / Parque Arqueológico Campi Flegrei/Edoardo Ruspantini
Baia é uma cidade romana parcialmente submersa na costa do golfo de Nápoles, no atual condado de Bacoli, na Itália. A cidade tornou-se um resort popular, ganhando reputação por um estilo de vida hedonista, que, de acordo com o poeta romano Sexto Aulo Propércio, era um "vórtice de luxo" e um "porto de vícios".
Os restos mais significativos da cidade consistem em várias vilas de luxo de alto status, várias estruturas de templos em formas de cúpula e o Parque Arqueológico dos Banhos de Baia. Devido à posição da cidade na península Cumaean nos campos Phlegraean, uma região vulcânica ativa e volátil, a atividade bradísmica vulcânica local elevou e baixou a geologia na península que fez com que as partes inferiores da cidade acabassem submersas.