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Mesmo com exoneração, cúpula do Exército defende ações de ex-chefe militar do Planalto ante invasões

Para cúpula do Exército Brasileiro, o general Dutra "cumpriu ordens" quando estava no cargo e teve uma atuação "pró-ativa". O ex-comandante foi um dos 81 militares ouvidos pela Polícia Federal ontem (12), ação que a força julga como "motivo de constrangimento".
Sputnik
Na quarta-feira (12), o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes foi um dos 81 militares ouvidos pela Polícia Federal sobre os ataques aos prédios dos três Poderes, em 8 de janeiro.
Na época, o general Dutra, como é conhecido, estava à frente do Comando Militar do Planalto (CMP). Após o ocorrido, o militar foi exonerado em fevereiro, em uma tentativa de contornar crise política envolvendo o governo Lula e as Forças Armadas.
O Palácio do Planalto acreditava que Dutra teria sido leniente com os manifestantes que ficaram acampados na frente do quartel-general por meses, segundo a coluna de Bela Megale em O Globo.
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Entretanto, mesmo com as indicações de responsabilização por parte do governo contra Dutra, a cúpula do Exército Brasileiro defende a atuação do ex-comandante.
Na visão dos militares da ativa ouvidos pela coluna, Dutra "cumpriu ordens" quando estava no cargo e "foi quem mais dificultou" a situação para os manifestantes que invadiram Planalto. A atuação do general é descrita como "pró-ativa" e longe de leniência junto aos vândalos.
Ainda segundo o Estadão, para oficiais da força ouvidos pelo jornal, o ato inédito de ter um grupo de militares tendo que dar explicações à PF é motivo de constrangimento. Na verdade, a cúpula do Exército se incomodou, desde as primeiras apurações, com a disputa de versões entre a força e a Polícia Militar para achar um culpado.
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No entanto, membros da força dizem que a ordem do comandante Tomás Paiva é colaborar para que tudo seja esclarecido e entendem que os interrogatórios são parte do avanço natural das apurações.
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