"O Pentágono declarou que tomou medidas para restringir ainda mais o acesso a informações secretas. Estamos considerando dificuldades para a segurança nacional, posso acrescentar, para reduzir o impacto que a publicação desses documentos pode ter sobre a segurança nacional dos Estados Unidos e de nossos aliados e parceiros, levamos isso muito a sério, a investigação está em andamento e o Departamento de Defesa tomou medidas para limitar esses documentos", disse ela em entrevista coletiva.
A porta-voz se recusou a responder à pergunta sobre a gravidade do vazamento de documentos secretos do Pentágono, observando que o estudo e avaliação da situação continuam.
"Como eu disse, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está avaliando a situação agora, então não vou adiantar essa avaliação. [...] Mas também dissemos que é claro que estamos preocupados com uma possível ameaça à segurança nacional", indicou.
A porta-voz também não comentou informações do The Washington Post sobre a fonte do vazamento do Pentágono.
Anteriormente, o The Washington Post, citando um membro do grupo de bate-papo Discord onde os materiais vazaram on-line, relatou que a pessoa por trás do vazamento de documentos secretos dos EUA afirmou que os recebeu em uma determinada "base militar" onde trabalhava.
O presidente dos EUA, Joe Biden, nesta quinta-feira (13), afirmou que o governo dos EUA está investigando totalmente o vazamento de documentos de inteligência e está "perto" de descobrir o que aconteceu. Ele acrescentou que está preocupado com o recente vazamento de documentos do Pentágono, mas minimizou sua importância ao afirmar que o material não é "contemporâneo".
"Estou preocupado com o que aconteceu, mas não há nada contemporâneo que seja de grande importância", disse o presidente a repórteres durante sua visita à Irlanda.
No dia 6 de abril, o The New York Times, citando funcionários familiarizados com o assunto, informou que um novo lote de documentos sigilosos vazados on-line, incluíam segredos de segurança nacional dos EUA relacionados a Ucrânia, China e Oriente Médio.
Segundo o jornal norte-americano, mais de 100 documentos foram divulgados no Twitter, Telegram e outros sites na Internet.
A documentação não estaria apenas ligada à ajuda de Washington à Ucrânia, mas também incluiria informações sobre a China, o contexto militar da região do Indo-Pacífico, o Oriente Médio e relatórios relacionados ao terrorismo. Todos os documentos eram supostamente impressões coloridas com texto, gráficos ou mapas, acessíveis a cerca de 1.000 pessoas antes do incidente.
Um oficial da Defesa dos EUA, por sua vez, confirmou à Sputnik que o Pentágono está ciente do vazamento e está investigando o assunto neste momento.