A União Europeia (UE) deve considerar Taiwan parte da China e defender uma reunificação pacífica, argumentou na terça-feira (11) Carl Bildt, ex-premiê da Suécia.
Segundo Bildt, primeiro-ministro da Suécia de 1991 a 1994, ministro das Relações Exteriores de 2006 e 2014, e chefe do Partido Liberal-Conservador Moderado sueco de 1986 a 1999, a UE deveria manter a ideia da reunificação de Taiwan com o continente, em referência à política de Uma Só China.
A visão da UE sobre a questão de Taiwan tem que ser que aderimos à ideia de Uma Só China e, portanto, não apoiamos a independência de Taiwan, mas que qualquer resolução da questão tem que ser pacífica, e que nos oporíamos resolutamente a qualquer uso de força pela China.
Tal vai contra a posição de Emmanuel Macron, presidente da França, que acaba de voltar de uma visita a Pequim, e disse que a UE deveria se abster de tomar uma posição sobre esta questão como tal. Em uma entrevista posterior, Macron advertiu a Europa para não "se envolver em crises que não são nossas" e que "a impeçam de construir sua autonomia estratégica".
Pequim reivindica Taiwan como uma parte inalienável da República Popular da China, mas os EUA prometeram armar e defender a ilha autogovernada. Nos últimos meses, os EUA têm aumentado a ajuda militar a Taiwan, justificando o passo com a "ameaça" de "invasão" da China em meio às crescentes divisões políticas no território autogovernado, antes das eleições presidenciais previstas para 2024.