"Todos nós pensamos que eram falsas", disse o administrador sob o apelido Krralj.
Segundo a publicação, o canal que foi deletado logo após o vazamento continha racismo, antissemitismo e referências à violência sexual.
"Como muitas comunidades on-line de nicho, este grupo parece ter sua própria linguagem, e é difícil distinguir as declarações sinceras das irônicas", escreve o artigo.
Krralj não descartou a possibilidade de ter havido usuários com opiniões de extrema direita ou racistas no canal. Mas afirmou que se esforçou para conter os danos causados.
"Estávamos tentando controlar os danos – nos livrar dos ficheiros", cita a ABC o administrador.
Outro administrador, Dag, também confirmou que ninguém acreditava que os documentos eram verdadeiros.
"A administração acreditava que ou eram documentos falsos, já vazados antes, ou uma combinação de ambos", disse ele.
Vazamento do Pentágono
Na semana passada, mais de 100 documentos do Pentágono sobre o conflito na Ucrânia vazaram nas redes sociais.
O maior foco do conteúdo dos documentos era o Exército ucraniano, as forças especiais da OTAN que lutam na linha de frente contra as forças russas e até a espionagem feita pelo governo norte-americano sobre Vladimir Zelensky e seus aliados.
Mas os documentos iam mais além e abrangiam também países que não estão envolvidos diretamente no conflito. De acordo com relatos, a administração Biden achou que o governo russo utilizaria a proposta para criação do "clube de paz" feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como forma de reduzir a pressão do Ocidente contra o Kremlin, conforme noticiado.
Em 13 de abril, as forças especiais do FBI prenderam o suposto autor do vazamento de documentos secretos, Jack Teixeira, de 21 anos, da Guarda Aérea Nacional dos Estados Unidos.
De acordo com contas da mídia norte-americana, Teixeira começou a vazar fotos de documentos altamente sensíveis para Thug Shaker Central, um grupo on-line de jovens onde cerca de 20 a 30 pessoas compartilhavam seu amor por armas, memes racistas e videogames.